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sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Democracia racial, Rafael Braga e Racionais

Estava relendo um texto que problematiza a questão da democracia racial e vi o comentário de alguém defendendo o mito da democracia racial e da miscigenação como "comprovação" dessa democracia (numa  leitura bastante débil e simplificada de Gilberto Freyre). A leitura desse texto se deu para a continuação do trabalho de Seminário VI em que trato do caso do Rafael Braga (Rafael Braga era um homem jovem que trabalhava catando material para reciclagem nas ruas do Rio de Janeiro para poder sobreviver. Vivia em situação de rua, pois a passagem era muito cara para ir e voltar todos os dias da casa em que morava com sua família. Em junho de 2013 foi detido ao chegar no lugar que dormiria. Foi apreendido com ele 2 garrafas de plástico, uma de Pinho Sol e outra de desinfetante. Na delegacia, os policiais que o apreenderam apresentaram as garrafas abertas e com panos. Ele foi acusado de portar material explosivo, que seriam coquetéis-molotov) e dos casos de guerra seletiva às drogas;

Ao ler isso me veio prontamente na cabeça a música racistas otários do Racionais em que eles cantam


O Brasil é um pais de clima tropical
Onde as raças se misturam naturalmente
E não há preconceito racial. 

Mas principalmente a risada sinistra que se ouve depois de terem falado essa parte da letra.

Fiquei pensando sobre o quanto o discurso de democracia racial e guerra às drogas são usados apenas para inviabilizar a luta do povo negro e oportunizar O rotineiro Holocausto urbano (ou genocídio da juventude negra)

síntese reflexiva

Encerrei há pouco a escrita da primeira versão da síntese reflexiva do 6 semestre. Muitas coisas me passam na cabeça ao escrever as sínteses as aprendizagens, os pensamentos, a prática em sala de aula, o não ter feito as atividades no tempo correto, não poder ter feito o documento completo porque faltam ainda atividades pra fazer que poderão complementar a escrita final, etc


Mas esse documento foi realizado de forma diferente. Ao ter que analisar um filme e utilizar as aprendizagens feitas ao longo das atividades do semestre foi possível relacionar e entender de fato qual a unidade pensada para desenvolver as aprendizagens. Esse são 2 aspectos que o PEAD tem em vantagem a muitos cursos: a escrita de um texto que nos faça refletir sobre o ensino-aprendizagem e nossa ação em sala de aula e também a possibilidade de estudarmos em unidade. A maioria das outras modalidades tem disciplinas que se misturam e terminam sendo conteúdos diferentes que precisam se conciliar na formação de quem está cursando. Mas ao pensar os temas de maneira que  aprendizagem tenha uma unidade, ainda que sob diferentes ângulos, faz com que a aprendizagem tenha sentido de verdade.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

   Assistir ao filme ‘Como estrelas na Terra’ para iniciar a escrita da síntese das aprendizagens me fez lembrar muito da postagem Sujeitos com altas habilidades/ Superdotação, uma vez que, se o professor Nikumbh não tivesse notado a dislexia do Ischan, é possível/provável que ele fosse mais um caso de fracasso escolar. Se a minha falta de formação fez com que eu não suspeitasse de uma possível alta habilidade de um aluno, se nenhum outro professor notar, é possível que ele passe o resto da vida escolar sendo taxado de rebelde, de aluno chato e de inquieto sem que a escola consiga de fato formá-lo em toda a sua potencialidade, exatamente como quase aconteceu à Ischan.

    Ainda que o filme romantize um pouco a realidade do que estava ao alcance do professor fazer e das possibilidades que ele teria de auxiliar esse aluno, acredito seriamente que todo professor deveria assistir a esse filme com a intenção que consigamos observar nossa prática e refletir se ela é inclusiva ou exclusiva. Se ela é exclusiva, no que posso modificá-la.

Popper, formatura e 10 anos de universidade

Acabo de me dar conta que faz exatamente 10 anos que meu nome saiu no listão do vestibular. Bixo nas Ciências Sociais - Licenciatura - diurno. 30º lugar num curso com 100 vagas, Ímpossível não ficar martelando sobe tudo isso no período em que muitos amigos estão defendendo seus tccs, enquanto outros estão passando na seleção do doutorado. Saber de tudo que poderia ter feito e tudo o que fiz desde então. Já escrevi diversas vezes no blog sobre o fato de me auto-sabotar e o quanto minha irresponsabilidade tem relação com isso. Que poderia - deveria - ter me formado 5 anos atrás, mas fui viver a universidade esqueci dos meus estudos. Não nego que foi uma experiência vital pra mim. Hoje que estuda na UFRGS, mas não vivo o seu cotidiano, sei o quanto me faz falta e o quanto foi fundamental pra ser quem sou hoje ter vivido o cotidiano da universidade. Todo esse texto foi iniciado por ter usado Karl Popper, um físico que é estudado em epistemologia, para falar sobre o conceito de falseabilidade. Esse foi uma das últimas aprendizagens que tive nas ciências sociais e me deu uma nostalgia absurda. Não consigo negar: de verdade? não sou a maior fã da pedagogia. A faço porque amo meu trabalho e quero contribuir mais para a aprendizagem dos meus alunos. Quero muito ser orientadora escolar e sei que as aprendizagens no curso me serão fundamental. Mas também que as que tive na cso serão importantes na minha prática e na minha vida

terça-feira, 29 de agosto de 2017

O papel da professora e do professor

Tenho pensado muito sobre qual é o papel do/a professor/a. Muito por conta das provocações e do que temos analisado a cerca do que é ser professora ou professor reflexivo, mas também pelo que observo em sala de aula e o que não observo também (o caso relatado na postagem "e avida segue?", infelizmente, foi só um dos que tivemos que lidar). A reflexão sobre o papel docente também está bastante em discussão por conta da famigerada lei da mordaça e ontem, em uma formação para professoras que atuam na biblioteca, assisti ao vídeo de uma fala do Rubem Alves que vem muito ao encontro do que tenho pensado. Concordo quando ele diz que os conhecimentos estão nos livros e na internet, nosso papel é muito maior do que apenas seguir uma lista de conteúdos. Ontem também foi a etapa de atletismo dos CECA (competições Escolares Canoenses) e vimos alunos que são vistos como agitados, sem limites e sem disciplina conseguiram ficar em 1º lugar sem a menor estrutura para treinamento. Eles se dedicaram e foram vitoriosos. Com isso quero dizer que um aluno que desrespensinar a codificar e decoita os e as professoras devem ganhar prêmios? (porque, sim, eu ouvi isso na escola) Óbvio que não, mas se entendermos como motivar nossos alunos e que educação é muito mais do que decorar conteúdos, estaremos fadados a lidar com o fracasso escolar.