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sexta-feira, 14 de julho de 2017

professor-reflexivo


     “A auto-reflexão é intuição e emancipação, compreensão e libertação de dependências dogmáticas. O dogmatismo que desfaz a razão é falsa consciência. O dogmático vive disperso,    sujeito dependente, determinado pelos objectos, tendo concedido a si próprio tornar-se uma coisa.”

Ser reflexivo é o exato oposto de ser dogmático. Ser dogmático é achar que o que se diz ou o que algum teórico disse é lei e não pode ser modificado ou revisto. Ouvimos mutas vezes que "eu sempre fiz assim" ou  "faço dessa mesma forma há 20 anos". Para algumas atividades isso pode estar correto, mas ao sermos professoras, com alunos, turmas e anos diferentes, não refletir sobre nosso fazer docente é ficar parado no tempo e não contribuir, ao menos não tanto quanto poderia, no processo de ensino-aprendizagem. Parafraseei Lênin na atividade no moodle ao dizer que  "não há teoria da educação sem a prática educativa e não há (ou não deveria) prática educativa sem a reflexão sobre a teoria". E também afirmei que "a relação entre teoria e práxis precisa ser dialética, uma construindo a outra. Testar a teoria na realidade e a partir dela refletir, confirmar ou refutar e reiniciar em análise constante."  

domingo, 28 de maio de 2017

Que texto horrível!!!¹

    Uma das principais discussões daqueles que defendem o famigerado "Escola sem partido", também conhecido como "Escola com Mordaça", é o que definem como ideologia de gênero. Segundo essas pessoas, ao falarmos em respeito e fim da opressão às mulheres e aos LGBTs, estaríamos criando uma ideologia e querendo, em última instância, que todos e todas façam parte da comunidade LGBT.

   Como já faz parte do senso comum, a educação está sempre em crise e não é fácil ser professora. Tenho 40 horas no estado e ainda não possuo a graduação completa, então recebo pouco (e parcelado). Pensando nisso decidi fazer o concurso para Prefeitura Municipal de Alvorada.

   Quem está lendo este texto pode pensar que enlouqueci e estou falando de duas coisas completamente diferentes e que não faria sentido. Calma, explico.

     Ao iniciar a prova (40 questões - 15 de português) me deparo com o seguinte texto: "Educação começa em casa". Inicialmente, apenas a partir do título, não vi maiores problemas, mas iniciei a leitura...

"...Quem não gosta de um homem fino, bem-educado, que abre a porta do carro para sua namorada ou esposa, que tem a delicadeza de presentear-lhe com rosas, puxar a cadeira para ela se sentar? O famoso “gentleman”, tão raro hoje em dia, que na sua masculinidade consegue permanecer com conceitos que não o comprometem nesse sentido, tornando-o o homem mais desejado"

    A suposta "ideologia de gênero" é quando falo em respeito e igualdade de condições? Mas ressaltar o discurso machista de que as mulheres precisam de um homem para conseguir fazer/ter as coisas não é ideologia de gênero? Concordo muito que todos tenhamos que ser gentis e educados com as outras pessoas (não por esperar "algo" dessas pessoas, mas por vivermos em sociedade). Cavalheirismo ou ser gentleman é algo bem diferente de gentileza desinteressada.

    "que não somos animais para recebermos tratamento como se o fôssemos
Bom... Nem sei como argumentar com essa frase. Sim somos animais, aliás, "Os Humanos também pertencem ao grupo dos animais mamíferos (ordem dos Primatas)"². Compreendo o que a autora quis dizer sobre não sermos tratados/não agirmos como seres irracionais, mas este é um texto usado para prova em concurso. A banca não encontrou qualquer outro texto melhor escrito? Sério? Indescritível o sentimento de realizar uma prova para o magistério municipal e me deparar com esse tipo de informação.

   O que mais me preocupa não é exatamente o texto (apesar de tê-lo achado horrível), mas o fato de qual professores e professoras está sendo procurado ao elaborar desta forma a prova. Acho que vou tatuar na testa a frase "a crise na educação não é crise, é projeto"



¹ Frase que escrevi ao lado do texto enquanto fazia a prova
²http://www.todabiologia.com/zoologia/animais_mamiferos.htm

sexta-feira, 26 de maio de 2017

Continua sendo difícil, mas melhorou

Fiz uma postagem um tanto dura há alguns dias criticando uma interdisciplina. Não me arrependo de ter escrito ( ainda mais porque algumas colegas leram e concordaram de forma bastante contundente, mesmo que não queiram se expor), mas também reflito que ela foi feita em momento de desespero (se não fosse minha irmã e a tutora eu teria surtado) e que a aula dessa semana tenha me acalmado bastante.

Entendi muito do que não havia entendido e fiquei tentando lembrar se eu não tinha prestado atenção ou se realmente não havia sido explicado daquela forma para gente. Talvez um pouco de cada,mas tenho me sentido mais confiante. Pela primeira vez desde que iniciei o curso estou com as atividades em dia e estudando com regularidade. Tenho me organizado mais e conseguido dar conta. Espero terminar o semestre (e o curso assim, mas sei que será uma tarefa difícil, ainda que tenha provado que não é impossível)

segunda-feira, 22 de maio de 2017

Avaliação mediadora. Reunião/ formação pedagógica


Tive, na minha escola, uma reunião pedagógica que discutiu em cima do livro "avaliação mediadora" da Jussara Hoffmann. Essa reunião/Formação ocorreu porque nos foi imposto uma nova forma de trabalho e Avaliação em que os alunos passam a receber conceitos e não notas. E no 4° e 5° ano um conceito globalizado. Entretanto, independente do motivo que levou a fazermos essa discussão,  acredito que ela tenha sido muito proveitosa. 


No vídeo (um resumo do livro preparatório para concurso) foi debatido as diferenças entre 


Ensino tradicional -em que a avaliação se centra nas notas e boletins que promove uma cera seletividade e causa a reprovação. Essa reprovação causa evasão escolar. A avaliação é vista como um enunciado que comprovaria resultados). Aluno condicionado a "tirar nota' 5 ou 6, não precisa se desenvolver mais do que isso. Memoriza, é obediente e passivo; 

Promoção automática - e é feita a reflexão de que se antes era realizada a penas as provas finais para conseguir resultados, agora nem essa prova é feita. Jussara faz, segundo o vídeo, a ponderação de que a avaliação é feita mesmo que o/a aluno/a não possa ser reprovado.

Avaliação mediadora - Busca o máximo desenvolvimento possível. Busca a aprendizagem, que os e as alunas compreendam, participem e questionem. Avaliação como processo em que percebe-se o ponto de partida no que o aluno ainda não aprendeu. Seriam princípios dessa avaliação: (1) oportunizar muitos momentos de apresentar suas ideias;  (2)Oportunizar discussão a partir de situações desencadeadoras; (3) Realizar várias atividades individuais; (4) ao invés do certou ou errado fazer comentários dizendo onde errou para ajudar; (4) transformar os registros em avaliações significativas.

Decidi fazer este relato para poder esquematizar o que vimos e ter que retomar os conceitos para escrever a postagem e por achar que faz sentido com o que temos estudado. O debate foi rico e ajudou a dar continuidade à discussão que temos feito na escola.

Por outro lado, tive algumas críticas ao vídeo por centrar que o problema da avaliação seria o professor, a escola e a equipe por não dar conta de uma avaliação diferenciada. Mas se levarmos em consideração que estamos tendo que nos adaptar (e mesmo que já fosse ideia da nova supervisora mudarmos a forma de avaliar) por estarmos sendo obrigada a mudar toda a forma que avaliamos nossos alunos, é vazia a crítica apenas aos professores e equipe, pois não temos autonomia para debatermos nem nosso calendário de aulas (mesmo que no estado tenhamos a lei de gestão democrática, CREs e SEDUC não respeitam) imagina nossa avaliação...

A principal conclusão que chegamos foi que é difícil mudar a estrutura da avaliação que sempre fizemos e mudar muito mais por nossos alunos do que por uma cobrança externa.

domingo, 21 de maio de 2017

BOI e FORMIGUINHA

Analisando minhas postagens reparo no quanto continuo  a me boicotar e quebrar as promessas que fiz e faço a mim mesma ao escrever sobre as atividades. Obviamente a maior parte das minhas postagens são descritivas uma vez que tendo as escrever tudo no final do semestre ao invés de fazer as atividades e vir postar. Fazer a análise com outra pessoa foi legal por ter outro ponto de vista sobre aquilo que escrevemos. Consensuamos nas minhas postagens, mas ao refletirmos em conjunto fui percebendo que tendo a achar postagens mais curtas não são reflexivas quando podem ser. Mesmo que não seja uma reflexão aprofundada e precisasse de alguma complementação, são reflexivas. Por outro lado, uma postagem extensa não é necessariamente uma boa postagem apenas pelo seu tamanho Fiquei lembrando dos alunos em processo de alfabetização que não acham que MAR, BOI, LUA, SOL, etc não são palavras por terem apenas 3 letras, mas que acham que FORMIGUINHA não pode significar um animal tão pequeno. Talvez essa postagem seja “uma viagem”, mas se a ideia é refletir, fiquei pensando um tempo sobre isso depois de ter feito a tarefa