Mas como este post, nem o blog, é sobre os meus desabafos cotidianos, vamos ao que realmente interessa: A aula da última quarta-feira foi muito boa. Sem dúvida, história está entre minhas disciplinas favoritas e falar sobre o processo de criação e formalização da escola no Brasil é extremamente interessante, principalmente no que tange às relações complexas e delicadas e (des)respeito às outras construções sócio-históricas que não a do homem, branco e europeu (ou com ascendência europeia). Falar sobre a educação de povos indígenas, sobre a educação das mulheres, de negras e negros, e por conseguinte a aplicação da lei 10.639, é o que me faz querer ser professora. Ter trabalhado o 20 de novembro com meus alunos, ter visto as minhas alunas de cabelo crespo soltando deus cachos e sentindo orgulho deles é o que me faz querer ser professora... Entender que somos agentes históricos que podemos e devemos tomar as rédeas dos nossos destinos, de nos "auto-determinarmos", que mesmo concordando com Marx de que “Os homens fazem a sua própria história, mas não a fazem como querem, não a fazem sob circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado.”, temos que ser atores da nossa realidade e por isso a necessidade de empoderar alunos e, principalmente, alunas e isso só é possível se conhecermos a nossa história.
Mas além da aula de história, tivemos a explicação de como deve ser preparado o workshop de final de semestre e devo ter me dado conta do pavor que estou. Não pelo trabalho, que parece relativamente fácil de ser entendido (apesar de não ser tão fácil de executar), mas por me dar conta que o semestre está acabando e eu não sei se darei conta das disciplinas...
(Em tempo: era óbvio que iria ocorrer de eu não publicar alguma postagem e só ne dar conta um mês depois, mas como gostei muito daquela aula, acredito que valha a pena postar mesmo assim )
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