A vantagem de e fazer um curso relativo ao trabalho que já fazes é a possibilidade de manter a relação entre prática e teoria de forma cotidiana. Ao ler sobre Sujeitos com altas habilidades/ Superdotação, foi impossível não enxergar de forma nítida um dos meus ex-alunos. Sempre fazemos relação com nossas salas de aula e com quem identificamos a partir das leituras, vídeos e debates, mas esse debate sobre alunos com altas habilidades me fez refletir sobre como sempre nos preparamos e tentamos observar os alunos que apresentam dificuldade de aprendizagens e rotulamos esse aluno como menos capaz. Não como alguém que possivelmente apenas não tenha se adequado ao sistema decora conceitos e os reproduz nas avaliações.
Me dar conta do quanto esse aluno se encaixa em praticamente todas as características do texto me fez pensar também nos problemas em fazer a graduação quando já em sala de aula. O quanto eu poderia ter auxiliado esse menino se tivesse identificado tais características quando ele era meu aluno, o quanto poderia ter diminuído um possível sofrimento dele nos anos sequentes em que ele foi taxado de rebelde, de chato, etc.
Já fui bastante subestimada pelos meus colegas por acreditar nas habilidades dos meus alunos e por querer que fossem mais críticos do que reprodutores de matérias que decoraram, mas ao fazer o debate ano passado sobre adequar todo o conteúdo das aulas para tirar boa nota em avaliações externas fiquei pensando no quanto sou eu a equivocada em não querer que eles apenas marquem o x na resposta correta. Talvez tenha ficado muito confuso, mas estou escrevendo enquanto vou pensando sobre o texto, o debate e o "soco no estômago" que foi me dar conta quanto poderia ter ajudado meu ex-aluno e pela minha falta de formação não consegui ajudar.
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