“Por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres”
Rosa Luxemburgo
Essa frase tem uma importância enorme pra mim. Ela é um dos meus norte de vida, militância e prática docente.
Não acredito que ignorar as diferenças e agir como "se todos fossem iguais" é um erro. Somos diferentes e isso não é ruim. As diferenças sim ser evidenciadas e valorizadas.
Ao fazer o trabalho de QERED e dizer que “as práticas educativas que se pretendem iguais para todos acabam sendo as mais discriminatória” Me fez muito lembrar de 2 situações:
- A primeira foi a foto de Copacabana do início do ano e nossa crise de senhorita Morello de Todo Mundo Odeia o Chris. "A personagem Srta. Morello (Jacqueline Mazzarela) retrata uma pessoa branca que reconhece seus privilégios, mas de forma tão soberba que realmente se acha superior em tudo e acredita que todos os negros dependem de sua ajuda e assistência". Como nos faz refletir o texto publicado no Geledés - Instituto da mulher negra, muitas vezes até temos boas intenções, mas terminamo por subestimar e tratar de forma inferior, mesmo que sem intenção consciente.
- A segunda situação que lembrei foi quando um aluno me perguntou se era ruim ele seguir religião de matriz africana, ou batuque como ele chamou, pois sua professora anterior, ao questionar a todos alunos quais usas religiões, disse que a dele não era assunto pra tratar em sala de aula. Não a toa crianças que seguem religião de matriz africana afirmam que a escola é o pior lugar onde mais se sentem discriminadas em relação a sua religião. A ex-professora desse meu aluno não criticou a religião que ela discordava, ela "apenas" ignorou o assunto e disse que as outras religiões eram assunto de debate em aula, aquela não.
Por fim, de verdade, o que defendo não é nem mesmo a equidade, mas a liberdade
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