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segunda-feira, 10 de julho de 2017

Sobre mediação de conflitos ideológicos e os de natureza técnico-pedagógica ou sobre reflexões ao responder às perguntas

Respondendo algumas questões de Organização do Ensino fundamental me deparei com essa pergunta:

Como mediar os conflitos ideológicos e os de natureza técnico-pedagógica (diferentes concepções de educação, de conhecimento, de avaliação...) que costumam emergir ao longo do processo de elaboração do PPP e do Regimento Escolar?

Minha resposta:
Ainda que a democracia deva prevalecer e o debate deva ser feito entre todos e todas, há uma necessidade de se orientar teoricamente essa construção. Acredito que no debate de ideias é possível chegar a uma síntese do que for debatido e que essa construção é processo. Não se mudará da noite para o dia e nem se partirá do zero. É preciso que se estude, se elabore e se apresente suas propostas para que não seja um imposição e nem que não se resolva os conflitos.

Mas fiquei pensando "e se tiver alguns ou alguns pais adeptos a escola com Mordaça, como conciliar?". Não que eu ache que quem quer a educação com uma mordaça queira conciliar algo ou com alguém, mas também observo que o nome Escola Sem Partido pode agradar aos olhos mais (numa falta de palavra melhor ou até que outra me ocorra), inocentes. Porque a escola sem partido nada mais é do que a escola de um partido só. Mas não é essa a discussão e sim como construir essa escola e mediar conflitos com pais, colegas e alunos que queiram cercear o direito ao combate ao preconceito e que a escol se mantenha apenas tecnicista? Como disse acima, é um processo. Árduo e que pode ser doloroso, mas que é necessário. Ainda tenho que refletir muito mais sobre a questão, mas foi importante pra mim que ela surgisse para me tirar do conforto do que é realmente democrático e da resposta pronta que diz que todos darão a mão e construíram de forma harmônica e quase lúdica a escola que queremos...

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