Estava assistindo os vídeos da professora Ilma Passos Alencastro Veiga (Pós-Doutora em Educação) sobre a construção do Projeto Político Pedagógico para a interdisciplina Organização Do Ensino Fundamental e foi impossível não refletir sobre os seguintes aspectos:
"A educação é um ato político." Não há como concordar mais com uma afirmação. Tenho falado bastante sobre ser professor e luar, mas da perspectiva pra fora da escola. Lutar por melhores condições de trabalho e aprendizagem. Mas essa afirmação também deve ser, e venho pensado bastante nisso por causa das disciplinas de gestão, pra dentro da escola e, principalmente, pra dentro da sala de aula. Como que conseguimos ter a gestão democrática e a educação como prática emancipadora pra além do discurso e da vontade. Como dar realmente o protagonismo para o nosso aluno não só nos interesses e aprendizagens, mas que eles e elas se percebam enquanto agentes capazes de provocar mudanças naquilo que acreditam ser importante?
"Não há como separar o político do pedagógico" Indo ao encontro do que estava falando antes. O fazer pedagógico é politico. Se eu opto por ser um professor apenas "técnico" e que não instigue a reflexão é um ato político. Eu decidir ser o contrário disso, que leve eles a refletir independente da disciplina em que atue, também é. Lembrando de uma aula que eu falei sobre alunos críticos e uma das professoras disse algo como "mas nós que trabalhamos com os anos iniciais e educação infantil...". Não quis corrigi-la e dizer que eu também trabalho com anos iniciais do ensino fundamental e acho que desde sempre podemos trabalhar com a criticidade desses e dassas alunas. Respeitando idades e desenvolvimento, mas mesmo o fato de incentivarmos a que sejam independentes e que tomem as decisões que possam parecer mais triviais ajuda nessa criticidade. Não depender do outro para o que precisa, mas também ter a ciência de respeitar esses outros e de que pode se pedir ajuda.
Projeto - quem faz parte, cria, executa e avalia. Fazer parte Momento bastante oportuno pra ler/refletir sobre esse assunto. Fomos chamados, a minha escola, a uma reunião para debater sobre o SAERS ( Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Rio Grande do Sul) e descobrimos que nosso índice é baixo, sendo um dos motivos a taxa alta de reprovação. A direção chamou o Conselho Escolar, professores, funcionários e CPM pra debater saídas e também outros assuntos que já estavam na pauta da reunião que estava marcada. Não pude comparecer, pois estava em plena eleição do sindicato, mas o que tenho visto no último período apenas reforçou o que é falado no vídeo: o aluno - membro do conselho escolar - que estava presente se empoderou muito e passou a refletir sobre o que ouviu e a interferir e refletir junto com os colegas sobre assuntos da escola. Deixou de ser "a diretora ou uma das professoras veio aqui e falou" para "eu estava presente na reunião em que decidimos". Isso faz com que a discussão ganhe um nível muito maior e que as pessoas, de fato, se sintam parte e ajam de forma diferente do que aquele afastamento que é muitas vezes corriqueiro.
Avaliação externa - produto - não leva em consideração as condições de trabalho Avaliar externamente com provas como o ANA, com o SAERS, etc pode parecer que faz sentido pela necessidade de averiguar a qualidade dos estabelecimentos de ensino. Mas essas avaliações são quantitativas. Utilizam um recorte pra tentar entender como funciona a educação e isso está errado. Tem, por exemplo, nível alto de reprovação e isso é ruim, ok. Mas que suporte temos na escola para combater a evasão, as dificuldades de aprendizagem, as deficiências na aprendizagem que se acumulam ao longo dos anos? Precisamos de uma avaliação. Uma que analise as especificidades, onde precisa de suporte e como lidar com os problemas. Nõ simplesmente dar uma nota e um prazo de um semana para que a escola faça um plano e aplique pra que "todos os seus problemas sejam resolvidos"
"A educação é um ato político." Não há como concordar mais com uma afirmação. Tenho falado bastante sobre ser professor e luar, mas da perspectiva pra fora da escola. Lutar por melhores condições de trabalho e aprendizagem. Mas essa afirmação também deve ser, e venho pensado bastante nisso por causa das disciplinas de gestão, pra dentro da escola e, principalmente, pra dentro da sala de aula. Como que conseguimos ter a gestão democrática e a educação como prática emancipadora pra além do discurso e da vontade. Como dar realmente o protagonismo para o nosso aluno não só nos interesses e aprendizagens, mas que eles e elas se percebam enquanto agentes capazes de provocar mudanças naquilo que acreditam ser importante?
"Não há como separar o político do pedagógico" Indo ao encontro do que estava falando antes. O fazer pedagógico é politico. Se eu opto por ser um professor apenas "técnico" e que não instigue a reflexão é um ato político. Eu decidir ser o contrário disso, que leve eles a refletir independente da disciplina em que atue, também é. Lembrando de uma aula que eu falei sobre alunos críticos e uma das professoras disse algo como "mas nós que trabalhamos com os anos iniciais e educação infantil...". Não quis corrigi-la e dizer que eu também trabalho com anos iniciais do ensino fundamental e acho que desde sempre podemos trabalhar com a criticidade desses e dassas alunas. Respeitando idades e desenvolvimento, mas mesmo o fato de incentivarmos a que sejam independentes e que tomem as decisões que possam parecer mais triviais ajuda nessa criticidade. Não depender do outro para o que precisa, mas também ter a ciência de respeitar esses outros e de que pode se pedir ajuda.
Projeto - quem faz parte, cria, executa e avalia. Fazer parte Momento bastante oportuno pra ler/refletir sobre esse assunto. Fomos chamados, a minha escola, a uma reunião para debater sobre o SAERS ( Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Rio Grande do Sul) e descobrimos que nosso índice é baixo, sendo um dos motivos a taxa alta de reprovação. A direção chamou o Conselho Escolar, professores, funcionários e CPM pra debater saídas e também outros assuntos que já estavam na pauta da reunião que estava marcada. Não pude comparecer, pois estava em plena eleição do sindicato, mas o que tenho visto no último período apenas reforçou o que é falado no vídeo: o aluno - membro do conselho escolar - que estava presente se empoderou muito e passou a refletir sobre o que ouviu e a interferir e refletir junto com os colegas sobre assuntos da escola. Deixou de ser "a diretora ou uma das professoras veio aqui e falou" para "eu estava presente na reunião em que decidimos". Isso faz com que a discussão ganhe um nível muito maior e que as pessoas, de fato, se sintam parte e ajam de forma diferente do que aquele afastamento que é muitas vezes corriqueiro.
Avaliação externa - produto - não leva em consideração as condições de trabalho Avaliar externamente com provas como o ANA, com o SAERS, etc pode parecer que faz sentido pela necessidade de averiguar a qualidade dos estabelecimentos de ensino. Mas essas avaliações são quantitativas. Utilizam um recorte pra tentar entender como funciona a educação e isso está errado. Tem, por exemplo, nível alto de reprovação e isso é ruim, ok. Mas que suporte temos na escola para combater a evasão, as dificuldades de aprendizagem, as deficiências na aprendizagem que se acumulam ao longo dos anos? Precisamos de uma avaliação. Uma que analise as especificidades, onde precisa de suporte e como lidar com os problemas. Nõ simplesmente dar uma nota e um prazo de um semana para que a escola faça um plano e aplique pra que "todos os seus problemas sejam resolvidos"
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