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terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Nadezhda Krupskaia

Acredito que ser professora é tambêm inspirar. Sou professora por influência de duas grandes professoras (as duas hitoriadoras) e espero algum dia fazer ao menos um pouco do que as duas fizeram por mim. Mas além delas, outras e outros educadores me influenciam e me fazem querer me espelhar. Dia 26 foi o aniversário de uma delas e pra mim, em época de propostas como a Lei da Mordaça, reforma da previdência e a trabalhista,  é impossível não relembrar ainda mais dela e dos seus contemporâneos

" E 26 de fevereiro de 1869, nascia Nadezhda Konstantinovna Krupskaia, dirigente revolucionária russa que seria, após a Revolução de 1917, Comisária de Educação.

 A leitura de Tolstoi instigou-lhe a visão de justiça, a indignação em face das desigualdades sociais. Por sua influência, buscou conviver com operários e
camponeses para auto-aperfeiçoamento, mas logo se apercebe do quanto isso é
insuficiente.

Ingressou no ensino superior quando, em Petersburgo, abriram-se cursos para mulheres – até então isso não era permitido. Porém, decepciona-se com os temas tratados e com a postura do corpo docente. Ao conhecer o círculo estudantil e participar de algumas reuniões, resolve deixar os cursos e passa a estudar, no círculo, obras de Marx e outros autores. Lê o 1º tomo d’O Capital, aprendendo o caminho revolucionário: a expropriação dos exploradores. Passa, então, a apoiar o movimento operário e suas greves. Aprende mais sobre a vida dos operários fabris quando vai dar aula na escola dominical para
adultos. Ali, sofre (e burla) o controle dos inspetores sobre o programa. Outros marxistas passam a trabalhar nessa escola, ensinando o marxismo sem falar em Marx. Os operários
apresentam facilidades em aprender coisas complexas e alguns passam a frequentar os
círculos estudantis. Krupskaya trabalhou cinco anos nessa escola, até ser presa.

Com a chegada de Lenin a Petersburgo, em 1894, avança o movimento e consolida-
se sua organização, com regularidade das reuniões, produção de material de propaganda, panfletagens e outras atividades clandestinas. Krupskaya e Lenin passam a trabalhar no
mesmo distrito e se tornam muito amigos. Em 1896, ambos são presos, durante atividades
de apoio a uma greve de tecelões. Casam-se no exílio e se mantêm na luta.

Ela criou um sistema educativo público desde os jardins de infância até a educação superior com objectivo de "educar indivíduos integralmente desenvolvidos, com instintos sociais conscientes e organizados, possuidores de uma visão de mundo reflexiva e integra, que tenham clara compreensão de tudo o que ocorre ao seu redor na natureza e na vida social; indivíduos preparados na teoria e prática para todo gênero de trabalho, tanto manual como intelectual, que contribuam para construção de uma vida social razoável, abundante e alegre."

Antes da Revolução, redigiu "A mulher operária" onde refletia sobre as especifidades da opressão patriarcal-capitalista sobre as mulheres. Em 1913, colabora do exterior com a fundação de um jornal legal voltado para a mulher operária da Rússia, o “Rabótniza”. Durante o exílio, Krupskaia participou da organização da III Internacional Comunista e de várias conferências de mulheres, tendo sido, junto com Clara Zetkin, uma das maiores incentivadoras da criação do 8 de março, Dia Internacional de Luta das Mulheres, institucionalizado feriado depois da Revolução, por proposta da deputada Alexandra Kollontai, apoiada entusiasticamente por Krupskaia."



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