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quinta-feira, 21 de julho de 2016

Gênero e contos de fada

Estou tentando entender o porque de eu me boicotar. Uma vez uma psicóloga me questionou isto e eu fiquei furiosa, mas é inegável que eu faço. Este semestre teve a interdisciplina que será provavelmente a minha favorita do curso e eu deixei tudo para os 48 do segundo tempo. Adorei fazer todas as atividades de literatura. Amo o assunto e falar sobre a questão de gênero nos contos de fada foi incrível.  Decidi copiar e colar aqui o trecho que foi o que provavelmente será o texto que mais gostei de ter escrito nos ultimos dias

2. Escolher um livro contemporâneo e comparar as personagens femininas desse livro com as dos contos de fadas.
Pensei muito em qual livro escolher para usar como exemplo, mas não posso fugir sdo Harry Potter. Não só porque acho que ele possa ser usado como analogia a toda e qualquer situação na vida (em especial, na política  - existem até disciplinas da ciência política que o utilizam). Também não é pelo fato da autora, Joanne Rowling, ter precisado de um pseudônimo para escrever, pois acreditava-se que meninos não leriam aventura escrita por mulheres.  Escolho acima de tudo por ser um exemplo de mulheres/meninas fortes e determinadas. O heroi da história só sobreviveu por causa de sua mãe,  só passou por todas as provas por que tinha ajuda de sua melhor amiga que era "@ brux@ mais inteligente de sua idade. É um livro com o heroi masculino, mas é inegável a presença marcante muotas mulheres. Poderia falar sobre muitas outras mulheres que, para o bem ou para o mal, marcaram os livros. Mas eu poderia falar sobre o HP para o resto da vida..."

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Empatia, sensibilização e filmes

    Algumas atividades nos tocam mais do que outras. Ao pôr em dia as atividades de LIBRAS tive esta experiência mais uma vez. Ver os dois vídeos ("Sou surda e não sabia" e "E se o mundo fosse surdo") é impossível não ter empatia e não ficar sensibilizada. Provavelmente minha vivência de combate às opressões faça com que me identifique, mas acredito ser muito difícil que ambos os vídeos não faça como que todos tenhamos momentos de reflexão sobre o que significa viver excluído da sociedade. O primeiro filme, uma espécie de relato e dramatização da história de como uma criança se descobre surda, nos sensibilize justamente por ser narrado por aquele a quem o lugar de fala pertence. Temos a prática de infantilizar aquelas pessoas que consideramos deficientes. E não estou falando apenas da deficiência física, mental ou motora. Quantas vezes somos, como mulheres, infantilizadas por não sermos homens (ou deficientes masculinas como diz n o início do filme). Termos respeito, ouvir e refletir a partir da fala e da vivência de que sofre o preconceito é sempre de extrema importância. Temos que praticar o não silenciamento de quem não possui os privilégios que, mesmo não sendo opção individual, temos.

   Já o segundo vídeo - apesar de curto, bastante profundo - nos causa a empatia se utilizando dela na maneira extrema. "Invertendo" a realidade de como ela é. Na tarefa no moodle disse que me lembrava o documentário "Olhos Azuis"¹, mas pensando agora, também me lembra do curta "Acorda, Raimundo"² uma vez que ambos tratam da inversão de papéis para refletirmos o porquê de, mesmo não querendo sermos tratados como os grupos excluídos são, não mudamos nossas práticas.



¹(...)Jane Elliot aplica workshops sobre racismo para adultos. (...)Para isso, ela rotula essas pessoas, baseando-se apenas na cor dos olhos, com todos rótulos negativos usados contra mulheres, pessoas negras, homossexuais, pessoas com deficiências físicas e todas outras que sejam diferentes fisicamente.O objetivo do exercício é colocar pessoas de olhos azuis na pele de uma pessoa negra por um dia.

²  Aborda as relações de gênero no Brasil. Paulo Betti é um dono de casa, grávido, que vive oprimido por sua mulher (Eliane Giardini). Ela trabalha fora enquanto ele toma conta das crianças e da casa. Numa situação inversa, reproduz a relação machista comum entre as famílias de trabalhadores brasileiros. Baseando-se na rádionovela de José Ignácio Lopez Vigil, o vídeo mostra a mulher chegando em casa tarde, depois de tomar umas cervejas com amigas de trabalho. Enfatiza a dificuldade do dono de casa para conseguir com a mulher uns trocados para o mercado e para as necessidades das crianças. Com a participação de José Mayer (outro dono de casa) e de Zezé Motta (outra trabalhadora), o filme apresenta a realidade cotidiana de forma invertida entre os sexos. Para os homens, essa situação é apresentada como um verdadeiro pesadelo. Um pesadelo do qual homens e mulheres devem acordar.  FONTE:  Núcleo Piratininga de Comunicação

quinta-feira, 7 de julho de 2016

"Lutar educa, educar para luta"

Esta frase tem muitos significados para mim. Ela representa o último período de luta (fazer 53 dias de greve é muito difícil. Dias que não foram de "férias", mas de muita luta). Passei por experiências inenarráveis que ainda preciso refletir muito para conseguir absorver tudo o que aprendi. Aprendizagens coletivas, paciência, garra... Mas acima de tudo, aprendi que temos, como categoria, que "reaprender a aprender". Nossos e nossas alunas têm muito pra nos ensinar.

Esta postagem é justamente para refletir sobre o reflexo das nossas práticas com nossos alunos. Postei alguns pensamentos sobre o PL da mordaça, mas quero agora falar sobre o contrário, do quanto o ensino crítico pode fazer com que formemos alunos pensante e que conseguem refletir sobre sua realidade, 

Só voltarei pra escola na segunda-feira, mas na atualidade, com tantas ferramentas de comunicação, é impossível ficar totalmente afastada. Sendo assim, tenho bastante contato com colegas e alunos mesmo que não de forma física. Além de professora de anos iniciais, sou uma das responsáveis da biblioteca na escola. Se por um lado isto é um problema - a falta de profissionais formados na área em escolas estaduais - por outro é maravilhoso. Tenho contato com um grupo bem diferente de alunos. Alguns destes alunos, ou melhor, alunas, são da turma do 9º ano e estão fazendo um trabalho muito interessante de Ensino Religioso. A professora, que é acostumada a trabalhar com Ensino Médio, definiu ni início do ano que sua aula seria muito parecida com a proposta do seminário integrado que eles terão a partir do 1ª ano do E.M. Sendo assim, eles teriam que escolher temas e fazer algumas pesquisas e criar um projeto. Desde o início me deixei a disposição e conversei bastante com alguns deles. Desde que iniciou a greve, me afastei. Esta semana voltei a falar com elas e descobri que os grupos que acompanhei (sobre feminismo e LGBTfobia) terão como projetos "o ensino não-machista de meninos e meninas" e a diferença entre privilégios e direitos". Óbvio que não acredito que isto seja resultado apenas dos nossos trabalhos como professora, mas tenho orgulho em saber que as conversas, as sugestões de leitura, as reflexões que faço podem ajudar na construção de uma realidade não tão opressora. É incrível ver adolescentes se preocupando com sua realidade e tentando intervir nelas. É inspirador e me emociona profundamente. 

quarta-feira, 6 de julho de 2016

PL 190 - Lei da Mordaça

Como já falei aqui há um projeto na Assembleia Legislativa com o nome de Escola Sem Partido". Pra mim este é um nome de cunho demagógico que tenta se aproveitar do sentimento apartidarista das pessoas. "Esquece" que partidário significa se posicionar e tomar parte. Quer que a escola se torne tecnicista e acrítica, Como material para refletirmos, nos formar e, em último caso, nos ajudar a nos defender, construímos uma cartilha que trata sobre este projeto (que tem sua versão municipal em Porto Alegre e Federal). Posto aqui o link da cartilha




(Farei também uma nova aba para deixar mais fácil de acessá-lo)

Tentando corrigir o "ERROR"

Realmente fiquei deprimida ao perder a postagem. Pela primeira vez em algumas semas estava lendo o texto pausadamente, fazendo quase um fichamento para responder. Indo aos poucos, escrevendo e refletindo. Tanto que para reescrever não precisei voltar ao texto nenhuma vez. Provavelmente o texto final ficou muito aquém do que teria ficado o primeiro, mas neste momento em que estou frustrada com uma série de coisas, ter cometido este erro me deprimiu. Postarei o texto aqui para que possam ler e, conhecendo a teoria, possam opinar sobre o que escrevi e me ajudem a continuar refletindo e reformulando as sínteses.


"Ao nos questionarmos sobre a importância do brincar, sempre respondemos que o brincar em sala de aula é fundamental, que devemos propiciar aos nossos alunos momentos lúdicos. Mas muitas vezes podemos observar na escola este discurso sendo muito distante das nossas práticas. O recreio e a recreação passam a ser por "merecimento" e não como conteúdo obrigatório das nossas aulas. Utilizamos jogos para ensinar os conteúdos, mas suprimimos a parte em que os alunos tem que criar e os fazemos apenas reproduzir o que consideramos importante. Centrarei a análise teórica do brincar ao capítulo "Concepções do brincar na psicologia, de autoria de Vieira, Carvalho e Martins. No texto as três, apesar explicarem que os estudos psicanalíticos do brincar não se reduzem aos três, elas retomam as explicações de Winnicott, Piaget e da abordagem sócio-cultural. Se para o primeiro a relação da criança com o brincar será influenciada pela relação que esta teve quando bebê com sua mãe. E seria nossa tarefa como educadores propiciar aos estudantes um ambiente afetivo e seguro, que possibilite a criança a criar. Já para o segundo (Jean Piaget), os jogos devem ser pensados a partir da fase do desenvolvimento cognitivo dos nossos alunos, possibilitando a ele a compreensão do seu meio e caberia a nós a oferta de material adequado á fase de cada um e observar a evolução de uma fase a outra. Já para a abordagem histórico-cultural, as brincadeiras se  originam no conflito das crianças entre o desejo de serem adultos e a impossibilidade de o serem. E o brincar seria uma forma de desenvolver seus processos psicológicos tais como abstração, autocontrole, etc."

ERROR

Aquele momento em que te dá muita raiva por um erro que provavelmente não é (totalmente) tua culpa. Já falei sobreo atraso nas atividades. Pois bem, estou a 1 hora da manhã, tendo que levantar às 7h, respondendo um fórum da interdisciplina de ludicidade, Pensei duas vezes enquanto escrevia que deveria copiar antes de tentar enviar (porque quando demoramos a postar o moodle pede a senha outra vez), pois bem esqueci de copiar. Cliquei em postar  e a resposta que recebi foi que eu era convidada e não poderia fazer postagem. Refiz o login e... Nada, zero. O texto enorme, que demorei uns 40 minutos fazendo simplesmente sumiu.. Estou profundamente irritada, mas vamos lá refazer...