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terça-feira, 10 de maio de 2016

Seminário, LIBRAS e postagens no blog

   Eu estava tão empolgada no ENE em fazer as postagens quena primeira foi fwita lá mesmo. Iniciei o rascunho da segunda, mas não sei como apaguei e não consegui retomar. Entrei umas 3 vezes pra fazer, mas acho que desenvolvi um bloqueio (ok, é drama, mas é só a forma de introduzir o assunto).
   Das coisas que mais queria falar sobre o ENE, pode ser contemplado ao falar da aula da última quarta-feira em que iniciamosna interdisciplina de LIBRAS. Das minhas lutas por inclusão (que tem mais a ver com os grupos oprimidos - mulheres, negras e negros e LGBT), trouxe um enorme respeito e solidariedade por todas e todos os que históricamente tiveram que se adaptar para a sociedade pudesse aceitá-los. E a luta de surdas e surdos vai muito ao encontro de tudo que sempre acreditei.
   A luta desta comunidade pela sua identidade, por ser sujeito da sua história e não apenas por não ser o que é "normal", por ser falta. São uma comunidade com identidade e luta própria, com organização e exigências de tudo que é necessário não para serem aceitos, mas para fazer parte da sociedade sem essa visão de caridade dos ouvintes.
   Ter a sua LÍNGUA aceita como oficial no país que por cerca de um século proibiu sua forma de cominicação é um ganho gigantesco. Ter garantido por lei e por decreto o ensino de sua língua aos futuros e futuras professoras é, sem dúvida, um ganho enorme. ENTRETANTO, esse ensino - uma disciplina por graduação - é insuficiente. Temos que refletir sobre a inclusão e o quanto estamos excluindo aquelas e aqueles alunos que deveríamos ensinar, mas que não somos verdadeiramente preparados a isso. Acho que deveríamos - todos que se pretendem professores - tornarmos bilíngues,  não só por facilitar em algum aspecto nossa vida (como no exemplo da prof de conversa a distância mesmo para quem é ouvinte), mas por saber que  poderemos receber alunos surdos em nossas salas. Por mais que seja exigência da comunidade surda, nem sempre será possível estabelecer as escolas específicas e o que faremos nesse momento? Nem apoiadores para alfabetização temos nas escolas - e deveria ser obrigatório depois do PNAIC - muitas vezes temos turmas com mais de 30 alunos, mesmo com alunos de inclusão. Quem garantirá - ou mesmo cogitará a possibilidade - interpretes em sala de aula?


  Mas retomando o ENE. Uma das melhores experiências, e sobre o que falei no início desta postagem, foi que tínhamos intérpretes e elas foram extremamente ativas durante o evento. Foi um encontro, ou a etapa regional do encontro,  que discutiu muitos aspectos da educação e nos mostrou na prática um dos aspectos que tanto nos preocupa cotidianamente.

Intérprete de LIBRAS durante o ENE

Um comentário:

  1. Olá Giany,
    Realmente a inclusão caminha a passos lentos em uma sociedade que exclui o diferente, cabe a nós educadores proporcionar a inclusão da melhor forma que nos é possível.Continue incluindo e fazendo a diferença.
    Abraços
    Maria Rosane

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